RASA TARDE DE DOMINGO QUASE SURREALISTA
O raso dos meus dias
tem a profundidade dos abismos,
e é muito fácil afogar o rosto
nun copo de vinho enquanto o sol morre no horizonte.
Eis aqui a premissa do tédio e da melancolia de um fim de tarde de domingo onde tudo é vasto e incerto.
O fim de semana termina numa rotina sem sentido.
Amanhã será tarde,
amanhã é sempre tarde,
nas segundas intensões do tempo.
Mas hoje ainda é domingo
enquanto contemplo o prato raso e sujo do resto do almoço
que decora o vazio do apartamento.