RASA TARDE DE DOMINGO QUASE SURREALISTA

O raso dos meus dias

tem a profundidade dos abismos,

e é muito fácil afogar o rosto

nun copo de vinho enquanto o sol morre no horizonte.

Eis aqui a premissa do tédio e da melancolia de um fim de tarde de domingo onde tudo é vasto e incerto.

O fim de semana termina numa rotina sem sentido.

Amanhã será tarde,

amanhã é sempre tarde,

nas segundas intensões do tempo.

Mas hoje ainda é domingo

enquanto contemplo o prato raso e sujo do resto do almoço

que decora o vazio do apartamento.

Carlos Pereira Junior
Enviado por Carlos Pereira Junior em 05/12/2021
Reeditado em 05/12/2021
Código do texto: T7400397
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