O tempo ainda é o mesmo, nós não.
As arvores ainda tem o mesmo madeiro,
Os ventos têm o mesmo rumo ou paradeiro.
As flores ainda exalam uns suaves perfumes.
Os peixes ainda nadam nuns cristalino cardumes.
As abelhas revoam nuns coesos enxames.
Só nós caímos feridos por egóicos flames.
E já não vemos a beleza da criação em ação.
E feridos nos imos, morremos sem viver a paixão.
(Molivars)