DERRADEIRO SUSPIRO.
Porque te quero,
Nem eu sei, fio de navalha
és tua pele corada,
Tua boca sedenta ,és pouso
arriscado,
Seu retrato em minha ires,
Rios de margens largas
para curtas pernas.
Olhar-te-ei pela fria
Janela do tempo.
Ninguém a de ver minhas
longas noites,
nem ouviras os ruídos
da minha boca chamando
seu nome.
Distante está o oceano
dos teus lábios,
Tão perto está dor que me corta,
Me procuro, não me acho,vou ao espelho,
não reconheço a moribunda
face que se avulta,
onde estás que não me escuta.
Olho o mundo e te procuro,
Tudo está dissipando,
minha alma evola,
enquanto olho seu retrato,
Nasce em mim um corpo
salutar,
cai voraz a última lágrima,
escorre na face,
molha o derradeiro suspiro,
renasço, meus pés toma
novo rumo.
Tudo agora é novo,
Olho minhas mãos, estão belas,
abro a janela, enquanto uma nuvem
desloca no céu,
apago teu nome,
uma ave canta, parece me anunciar,
enquanto ela canta,
Vou sorvendo a melodia da vida,
Tentando me reencontrar.