Agonia da Rosa
Silêncio entre as linhas do tempo
Fumo entre os átomos do ar
Noite fria, vazio sombrio,
Drama do representar,
Na espera da navalha,
Cortar o tempo frio,
Tudo falha, tudo calha,
A espera é uma eternidade,
A incerteza no decorrer de cada minuto,
No ansiar da certeza que sempre tarda,
Ilusão parda,
Retrato cinza de um céu morto,
Nas ruas onde morre o vazio,
Nem o cio bafeja na calçada,
As tépalas se assombram no desespero de si,
Cuja a emoção parece não ter fim,
Do arrependimento que se encerra,
Da crescente espera,
Que anuncia o fim de uma era,
"Nascem espinhos onde morrem as rosas "
(M&M)