Ser feliz é...

Ser feliz é uma grande dádiva. Reconhecer em cada momento a felicidade, uma dádiva maior. Cultivar em cada segundo, com todas as forças do coração, momentos de alegria, não tem nada igual.

Saber ser feliz é o princípio.

O olho não é apenas mágico

Na face do medo esconde o trópico

Prático que embola a face

Com medo de descoberta

Enrola o painel, trágico, eletrônico

Afônico não fala, rasga o papel do mundo

Mudo, surdo e idiota, se chama mundo

Tampa a panela sempre vazia com seu escárnio

Falcatruas, nada a ver, nada a declarar

Prova de papel com medo de prova

Eletrônica, escuta a voz que fala

Nem reconhece a voz que fala e mata

Por assinatura a fome que é fome

Na gana da grana que fala mais alto

O olho não vê, escuta a fala

Nem entende, índio que fala

Papel atômico sem energia, imposto

Posto de balança fora-da-lei

Que queima o certo, queima o fumo

Que vira pó de barco mercante

Atlante, Atlântico, cântico excêntrico

Convexo do convés convenção

Carta à população ribeirinha

Com mais uma enchente de voz

Sem a fala certa, que cega de nvo

Ao vivo e nas cores da nova TV

Que imita o cego que não quer ver

Que finge a aula que dá

Sem dar nem receber

E aposenta o trabalho de ontem

Com medo de amanhã nem sair da cama

Tiro no ônibus, segura o ônibus, pega o trem

Porrada na cara, escarra de novo

Tarifa nova de luz sem vela, afivela o cinto

Sinto muito de novo, mais é global idiota

Torta na cara todos os dias, semanas,

No mês que vem sem aumento

Público sem privada na casa

Drogados de novo, sem mercúrio

Não tem técnico no hospital

Vento de ontem sem chuva ácida

Árida de novo no sudeste sem chuva

Laranja que rola na rua

Em cima do ônibus que não passa

Lotado, uma agulha na droga do bife

O boi foi pirando de vez

Água na barriga da criança, carvão e sisal

Tocaia no cair da noite

Cruz de beira de estrada no buraco quente

E ainda via amanhecer...

Para não perder a ladeira

Visto que desta água nada beberás

Vale bem lembrar tantas fogaças

Que denotam de tais eventos

Feitos figuras de Blake

Surdinam amiúde na lambança

Charfudam feitos esguios varridos

A ceifar da certeza qualquer esperança

Quiçá ver além da linha

Tantas tratativas de nada valia

Figuradas embasbacadas na fita

Alhures para chegar a dinherança

Oh! clínico na vesta fulgídia

Deparamos apáticos mais uma dança

Faz da cadeira o sopé da vida

E sai ao mundo feito criança

Não, não ficarei aqui a reclamar

Dante tanta impoderação

Folguedos não faltará adiante

Quando traves justas cair às mãos

Hora virá fico a advertir

Na melhor hora do Sol

O ocaso em brilho pouco demora

Donde poderemos só sorrir.

Sempre reclamamos dos bocudos, e pela boca muito peixe sai do caminho. Carne estragada sempre começa a cheirar, mais cedo do que pensamos.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 22/03/2005
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