Jardim da Orquídea
Teu olhar intenso sobre mim,
Expurgo-me dos medos,
Para que sobrevoes meu corpo sem fim,
E atiças todos sentidos,
Que tuas mãos julguem minhas vontades,
Enquanto estas ardem, tu invades,
Em conexão com sexo,
Sobre o meu dorso convexo,
No jardim onde jazem ilusões,
Onde terminações providenciam orgasmos,
Múltiplos, entres lábios que se bebem
No centro da Orquídea,
Onde a língua prova do licor,
A respiração embriaga-se aos gemidos,
E seguem os dedos,
No interior da poesia,
Que se revela em cada tépala despida,
Vorazes excitações, no palato dos desejos,
Queimor das almas, no afagar dos beijos,
Movimentos roubam a cena no acto,
Sofreguidão dos corpos,
Entre lençóis amassados,
Memórias reveladas, marcas obtidas,
Intenso aroma produzido por nós,
Silêncios, ecos, reverberando paredes,
Vozes, línguas, lábios matando as sedes,
Hálitos das vontades, na comunhão do a(mar),
Definição dos amantes, na arte do orgasmar (...)
(M&M)