4.

pensando em todas essas coisas que morrem com a gente

no escapar dos dias

e da vida

escrevendo sem muita esperança

em alguma parte inerte

inabitada

do que nunca fui capaz de ser

desejando não ter em minha boca

ou entre os meus dentes

um toque tão amargo e hostil

tentando não abraçar com desespero

o som dos que chegam ao fim.

Eduarda Paiva
Enviado por Eduarda Paiva em 30/11/2021
Reeditado em 30/11/2021
Código do texto: T7397096
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