da morte

DA MORTE

Vou crescendo, vou indo embora

Adeus missas e botões

Morro e tenho vez

Do fundo da garrafa

Do fundo da sala

Ai, ai. Tambores

Que não sei tocar

Labirintos na pele

Amantes passivas

Chefes de arruaças

Passivas

Preliminares ativas

Secas. Molhadas, encorpadas

Para que nunca se esqueça

Livre da solidão humana

Vou firme ao buraco.

Pálido e mudo.

Amor no peito

Traje de gala

Sapatos lustrados

Lágrimas inconstantes

Astral.

E cadê você?

catrofe
Enviado por catrofe em 16/11/2007
Código do texto: T739677