Épico
remonta em época de intrepidez
montanhas cobertas de névoa estendendo-se para o céu,
elevam-se por sobre as colinas revestidas de relva verdejante
por uma floresta virgem adentro,
surgido do nada avulta-se um grande corcel negro,
segue caminho da voragem guerra,
solitário,
montado de seu poderosíssimo garanhão,
que só justo de coração puro
lhe pode tocar e servir-se-á de sua obediência.
Em suas memórias relembra.
Cavaleiros que cavalgaram lado a lado,
deslizando pelos bosques de espadas a reluzir
plumas a esvoaçar com a brisa,
enquanto ao longe lá no horizonte
outra fila de guerreiros
estas aproximam-se tais linhas de peões de xadrez ao encontro uma da outra
o aumentar de tensão,
a cada passo resfolegante dos cavalos deixavam-nos paralisados,
a batalha eclode,
gritos voam com cascos ribombantes
ouve-se o som estridente do metal com o metal,
o baque surdo dos equídeos ombro contra ombro,
a sua presença parecia omnipresente
lutou o melhor que pode,
embora a força se esvazie como sangue da ferida,
já não e páreo para o perverso do seu fado,
facilmente é desarmado,
em vão queda-se o seu olhar amedrontado,
mas desprezando a sua segurança,
atira-se de cabeça para a batalha,
com vigor renovado tenta a mudança da luta,
no desenrolar de sua vida conquistada
mas não há heróis.