Petúnia branca
Quis eu, da alma, só a pureza,
mas pousa o verso sobre a mesa.
Vacilo diante de ti,
e o mundo é toda essa alvura
que nunca esperei. Iluminura
que em algum poema perdi.
Ei-lo agora, terno, entre pences
brancas. Ah! quero que repenses
o que de mim tú levará
quando murchar esse teu olhar
assim tão casto. Meu versar?
Diga o que de ti ficará?
As pétalas secas?... Teu olor?...
E a lembrança do teu dulçor
preso na minha rima escassa?
Ah! Esses dons puros e tão seus
ensine-me nos versos meus
antes que murche tua graça.
IMAGEM. cliquei em minha horta esses dias. Uma pétunia branca, solitária e tímida. Não tem como não nascer um apoema. Adoro essas imagens meio inocentes e misteriosas. Feliz domingo.