JARDIM AZUL

O jardim era um vasto mar de flores

De incontáveis espécies, todas de um único tom.

A mulher, com o coração ardente por flores,

Admirava, mas não compreendia

A beleza que se desdobrava diante de seus olhos.

 

Nas tardes em que o sol

Se despedia suavemente do dia,

A mágica inefável

Despertava naquele recanto encantado.

 

Com passos tímidos, ela adentrou o jardim,

Como uma criança cheia de maravilhas,

A luz se desvanece,

E as flores exibiam uma cor única.

 

De norte a sul, o perfume

Sutilmente envolvia o ar,

E enquanto caminhava, ela mal podia acreditar

No espetáculo que presenciava.

 

Foi então que avistou a lua,

Cercada de estrelas no firmamento,

E naquele instante, compreendeu

O amor e a razão de sua presença ali.

 

Percebeu também que tudo ao seu redor,

As flores,

Os pássaros,

Suas vestes, refletiam o céu em um dia sereno,

E ela contemplou a mágica.

 

Era um jardim azul, etéreo,

Onde finalmente entendeu o sentimento do amor,

Tal como a magia daquele lugar encantado.