a roda roda
á beira da noite
na soleira do grande
encontro, trezentas
pedradas arrebenta os
vidros do anos, encontro
suas mãos pesadas, seus
olhos desembrulhados me
desnudando dos equívocos,
abro a porta, o escuro não
é uma palavra, é um vácuo
sincero dentro do caos,
não sei dançar, mas sei
o nome do caroço da noite,
a brasa ensandecida que risca
a água estagnada, conheço o
sol e as letras que desenham
o universo e transcreve para
a vida dos que vivem a vida
escondida que corre vadia, silêncio,
o gramado está crescendo, os bisouros
fascinam aqueles que lhes seguem,
e todos sabem que a roda roda
num gigatesca cratera de espera