a roda roda

á beira da noite

na soleira do grande

encontro, trezentas

pedradas arrebenta os

vidros do anos, encontro

suas mãos pesadas, seus

olhos desembrulhados me

desnudando dos equívocos,

abro a porta, o escuro não

é uma palavra, é um vácuo

sincero dentro do caos,

não sei dançar, mas sei

o nome do caroço da noite,

a brasa ensandecida que risca

a água estagnada, conheço o

sol e as letras que desenham

o universo e transcreve para

a vida dos que vivem a vida

escondida que corre vadia, silêncio,

o gramado está crescendo, os bisouros

fascinam aqueles que lhes seguem,

e todos sabem que a roda roda

num gigatesca cratera de espera

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 27/11/2021
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