Fome do poeta ou Fome da poesia
No vão de uma noite escura,
Onde vão-se silêncios,
Cantares em vasto a(mares),
Perfumes e olhares,
No vão,
Dessa noite densa,
Expressa, de nuvens sobre-imersas na saudade,
Onde olhares espasmam os céus
Seus gritos ecoam, igual liberdade,
Onde habita, aquela voz,
Que nada diz,
Aquela voz que tudo diz,
Na timidez,
Desse vento que não passa,
Que não cobrem os seus encantos
Dos olhares famintos,
Abstractos em acções concretas,
Onde desnudam almas,
Onde pintam a metas,
Onde eles dizem ser,
Seres poetas,
Mas, nem todos estão na classe,
Nem todos fazem com classe,
São apenas reticências,
Nem todos têm a real essência,
Nem todos são puros
Outros corrompem-se nos escuro,
Por pensares e azedumes,
Outros corrompem-se,
Pela beleza dos ciúmes,
Sim, o nefasto da noite fria,
No silêncio,
Em que, a solidão faz moradia,
Onde não há glória,
Seja de noite,
Ou mesmo quando há
Lua pra clarear o dia,
Sim, na terna ilusão
De se, e de concretizar
Na tamanha lucidez,
De se alimentar,
Da fome da qual,
Muitos a definem poesia (....)
(M&M)