Fome do poeta ou Fome da poesia

No vão de uma noite escura,

Onde vão-se silêncios,

Cantares em vasto a(mares),

Perfumes e olhares,

No vão,

Dessa noite densa,

Expressa, de nuvens sobre-imersas na saudade,

Onde olhares espasmam os céus

Seus gritos ecoam, igual liberdade,

Onde habita, aquela voz,

Que nada diz,

Aquela voz que tudo diz,

Na timidez,

Desse vento que não passa,

Que não cobrem os seus encantos

Dos olhares famintos,

Abstractos em acções concretas,

Onde desnudam almas,

Onde pintam a metas,

Onde eles dizem ser,

Seres poetas,

Mas, nem todos estão na classe,

Nem todos fazem com classe,

São apenas reticências,

Nem todos têm a real essência,

Nem todos são puros

Outros corrompem-se nos escuro,

Por pensares e azedumes,

Outros corrompem-se,

Pela beleza dos ciúmes,

Sim, o nefasto da noite fria,

No silêncio,

Em que, a solidão faz moradia,

Onde não há glória,

Seja de noite,

Ou mesmo quando há

Lua pra clarear o dia,

Sim, na terna ilusão

De se, e de concretizar

Na tamanha lucidez,

De se alimentar,

Da fome da qual,

Muitos a definem poesia (....)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 27/11/2021
Código do texto: T7394844
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