Relato de um habitante da rua

A dor que nasce em peito

É dor que não tem jeito

É de fome que sinto

Eu que nasci sem berço, parido em chão de terra

Não tive escola nem abrigo

Vivo nas esquinas, do pão que sobra

Por que?

Resposta não vem

Vivo assim

Por quê canto, você me pergunta

Canto porque a esperança está no amanhã