Alvorada
Um dia não há
Sem que
De tanto esperar
Possa desistir
E seguir sem destino
Assim
Talvez
Tem sido a vida humana
Toda ela
Como quem espera
O beija-flor
Porém
Sem preparo do jardim
Possa a noite chegar
O dia raiar
E tudo
Sem razão aparente
Como se o relógio da existência
Ela própria um constante transformar-se
Como ao relógio sem corda
Possa a existência estacionar num tempo preciso e nada mais
E constatado o fato
Talvez
Sem razão aparente
Alguém pergunte:
Como isso se deu?
E àquele que se perguntou
Esse responda
Sem critério e mesmo desatento
Apenas balance a cabeça
E se coloque na estrada
E sem destino certo
Se depare com novas possibilidades