Dois olhares um limiar, o amor.
O nosso olhar visa o mesmo horizonte,
Mas os nossos corações veem emoções.
Diferentes dum sentir que tropeça no monte.
No monte erigido pelas duras desilusões,
Pelos quereres individualista e bifronte.
E como dura penedia enrijece os corações.
Mas no azul o monte se mostra insonte.
E no visar as almas inocentes são exceções.
E olvidando os idos, afluem no amor de remonte.
Pois só o amor cura do peito os arranhões.
Feito pelas ferinas unhas do ego desolante.
O amor enobrece o além monte e alinda as visões.
(Molivars).