Dois olhares um limiar, o amor.

O nosso olhar visa o mesmo horizonte,

Mas os nossos corações veem emoções.

Diferentes dum sentir que tropeça no monte.

No monte erigido pelas duras desilusões,

Pelos quereres individualista e bifronte.

E como dura penedia enrijece os corações.

Mas no azul o monte se mostra insonte.

E no visar as almas inocentes são exceções.

E olvidando os idos, afluem no amor de remonte.

Pois só o amor cura do peito os arranhões.

Feito pelas ferinas unhas do ego desolante.

O amor enobrece o além monte e alinda as visões.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 26/11/2021
Código do texto: T7394025
Classificação de conteúdo: seguro