LÁGRIMAS RASAS...LEMBRANÇAS SUAS!

Das profundezas da alma surgem lágrimas rasas...

nascem e findam-se rosto abaixo!

Não tem presente,

nem futuro,

mas retratam um passado!

Nada inspiram para findarem o martírio!

Jogam com o tempo que persiste atrofiando

tantas letras que gemiam para nascer!

Lágrimas que emudecem e

causam dor na garganta!

Indelével profundeza,

perscruta minhas lembranças para

induzir o nascimento delas em forma de choro!

Cego choro!

Surdo também!

Mudo não sei...

fala em gritos que a hora finda,

que a noite foge dos meus olhos e

o sol aquece novo dia!...

Inexorável martírio desta hora!

Não se mede embora quantifica-se com

o saturar das mãos que apalpam a face!

Vou passando pelo incontável passar

do dizer que expressa a vontade de

correr desta rasura que esgota minha profundeza

quando os pingos queimam como ácido pelo

dolorido reviver da saudade!

©Balsa Melo

08.10.06

Cabedelo - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 16/11/2007
Código do texto: T739390
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.