"PRIVILÉGIO NA PANDEMIA" Poema de: Flávio Cavalcante

PRIVILÉGIO NA PANDEMIA

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

Tempos difíceis estamos vivendo

Amordaçados estamos com falta de ar

Acorrentados pelo sistema estupendo

Na guerra bioquímica que aqui veio morar

II

Uso de tapumes e sem poder abraçar

Geração de zumbis desorientados

Privilégios de alguns imunes sem vacinar

E outros morrendo com todos cuidados

III

Morre quem tem dinheiro e quem não tem

Separa família independente do poder

A humildade obrigatória vai muito além

Mostrando que na vida precisamos aprender

IV

Invade as residências sem ser convidado

A escolha da boa vítima é bem aleatória

Não tem preto nem branco endinheirado

É a roleta russa que busca toda a história

V

Mostra ao mundo que aqui não somos nada

Embriagados pelo álcool de uma profecia

Nesta hora não existe nenhum conto de fada

A torcida é ter sorte e privilégio na pandemia

VI

Covid 19 é o nome da besta devastadora

Da peste que pelo homem foi fabricada

Doença do século da desgraça destruidora

O temor de toda uma estrutura abalada

VII

Dia e noite num pesadelo cruel e tenebroso

2021 ano em que a sorte está lançada

Para quem pensou que era o todo poderoso

Viu que não somos absolutamente nada

VlII

Sentindo a impotência e a fragilidade

Regra do bem é de fato ficar em casa

Teve o privilégio na grande crueldade

Saúde é um prêmio e tudo se extravasa

IX

Nós somos como vaso de uma porcelana

Muitas vezes quando não se quebra, se trinca

Que a parte da lição é clara e não lhe engana

Serve de alerta que com a vida não se brinca

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 23/11/2021
Código do texto: T7392300
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