A Moça à beira do rio
Noite de Lua Cheia, surgia formosa e gentil
De que canto vinha, ninguém sabia dizer
Flores no cabelo, sorriso juvenil
Causava atropelo, todos queriam ver
Fazia inveja ao Luar, iluminando o rio
Parece flutuar, talvez viesse dos seixos
Tímida e nua, faz caírem os queixos
Arrepia a pele Será medo ou terá frio?
Caminha mansamente, atiçando os cios
Desejosos de carinho, lençóis macios
Corações vazios buscando novas paixões
Prometem ilusões em rimas e canções
Sonham radiantes prazeres indecentes
Oferecem carruagem, bombons, presentes
Falsos brilhantes, douradas bijuterias
Castelo, criadagem, finas pratarias
Ignora as mentiras, faz ouvidos moucos
Horizonte clareia, Sol chegando aos poucos
A Lua Cheia, lentamente, saindo “à francesa”
Ela, de repente, some na correnteza