Se a paixão não mais existe; fomos nós que a matamos.

Quem tirou da paixão seus segredos e euforias?

Quem trocou a confiança, pelo veneno da lança?

Quem tirou o festão da festa da alegria de criança?

Quem apagou o sol que o infante via todos os dias?

Uns dirão: que foi culpa das paixões desencontradas.

Outros dirão: que foi a peçonha do veneno da traição.

E ainda alguns dirão: que foi a maturidade em ação.

E ainda haverá uns que culparão, as noites nubladas.

Mas a verdade é que a incapacidade de viver o bem,

De fazer uso do escudo da puerícia desmaliciosa,

De intender que a pressão molda a joia preciosa.

E que as nuvens é relento que rega o querer bem.

Tirou o brilho da paixão, apagou a alegria do coração.

Abriu espaço para ponta dilacerante da desconfiança.

E esmagou o diamante brilhante da festa que dança.

Fomos nós, somente nós, quem matou a doce paixão.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 22/11/2021
Código do texto: T7391759
Classificação de conteúdo: seguro