Virou nas ruas
Na madrugada em casa não fiquei. Nas noites tristes de sempre me renovei. Pessoas, gestos, falas, sentimentos e amores dianteiros.
Desalinhados e desalmados fora da caixa que nos reveste da sabedoria vã. Aliados e alianças, amizades e o sol raiar na virada que a noitada dá.
Prosaicos rolês de uma cidade em movimento. Maracatus nos Pinhões, barulhos e sacolejares, pessoas libertas. Livres para desligar a bomba que toda noite lhe destrói a cabeça.
Manhã que passa e o sono a te consumir. Mas cedo se levanta e o dia ainda está por vim. Raridades e fatores desiguais. Roteiros de um dia sem noção e prático.
Vamos abraçar. Será que foi verdade? Será que é real? Ainda não acordei do sono de sábado. Madrugadas que são mais belas do que um dia na fábrica.
Pessoas a se perder em trabalhos manuais. Pessoas perdidas na esfera da indiferença social. Belas pessoas que só existem na cabeça de alguém.