VIDA SELVAGEM
Tenho a calma dos animais selvagens
que vagam livres pela paisagem,
mas guardo nos olhos a raiva das tempestades.
Sou bicho ferido,
não acredito em livre arbitrio.
Sigo movido pela lei do desejo,
como um corpo utópico e sem orgãos reinventado pela necessidade.
Minha liberdade é a realidade do instinto,
a intuição do finito no movente da fome de precipícios.