Som sem voz
Nas sombras da memória,
Onde os sons são silêncios,
Olhares são lamentos,
Onde o vento se senti escória,
Devastações, de cada tépalas
Que parem fora da estação,
Antecipada gestação,
Solidão de que falas,
Onde ventos são esquecidos,
Só há o vácuo do eu,
Não raia o luar no negro céu,
Frios e mortos gemidos,
Onde não se preenchem sentimentos,
Pois, oco está o coração,
Há um vazio, onde não há foco de luz,
E o som se torna silêncio,
Onde há dores, há o peso da cruz (...)
(M&M)