O FINGIDOR

 

Com a poesia eu brinco

e finjo sempre o irreal.

 

Invento realidades

afirmo inverdades.

 

Amo quem não existe,

canto quimeras.

 

Adoro quem não me conhece,

sinto por alguém que não conheço.

 

Choro lágrimas passadas

que jamais pingaram.

 

Rio de dores reais

que tanto me machucam.

 

Faço da poesia uma arma

para me defender da vida!

 

 

 

 

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Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 18/11/2021
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