Voo conforme o vento

Muitas vezes, sou levado a lugares onde não gostaria de estar

Ou a lugares onde não gostam da minha presença

Então, sou jogado ao chão, escorraçado

Como algo que não presta, como um lixo.

Mas vem o vento novamente

Me levanta e me leva para o céu, me faz voar

Então caio na mesa de um artesão

E sou encharcado com água, às vezes com lágrimas

E me torno uma obra de arte.

E assim, sigo minha sina de metamorfoses

Ontem fui estrela

Hoje sou carne

Amanhã serei pó.

Oziel Celestino
Enviado por Oziel Celestino em 18/11/2021
Reeditado em 24/08/2023
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