Pó
Voo conforme o vento
Muitas vezes, sou levado a lugares onde não gostaria de estar
Ou a lugares onde não gostam da minha presença
Então, sou jogado ao chão, escorraçado
Como algo que não presta, como um lixo.
Mas vem o vento novamente
Me levanta e me leva para o céu, me faz voar
Então caio na mesa de um artesão
E sou encharcado com água, às vezes com lágrimas
E me torno uma obra de arte.
E assim, sigo minha sina de metamorfoses
Ontem fui estrela
Hoje sou carne
Amanhã serei pó.