Divagando nos impropérios mentais

Na sombra d'nossa consciência

Tamanha é a nossa "ausência"

Divagamos nos impropérios mentais

E nesse arcabouço psíquico

Bailamos nos diversos desequilíbrios

E nas disfunções anormais

São mui pensamentos compulsivos

Que ofuscam o nosso intrínseco brilho

Nesse inconsciente coletivo e de identificações pessoais

Que saiamos da periferia

De toda essa dicotomia

E retornemos ao nosso ponto central

Pois, são tantas almas vazias

Ancoradas na monotonia

E distantes da sua essência primordial

São pensamentos dispersos

Longevos, desertos

Árvores secas que mal florescem sem pestanejar

Mecanicidade nas falas

Plasticidade nos semblantes

Dentro de bolhas e bolhas de realidade sem se conectar

Acreditando ser as cascas

Não curamos as urgentes mordaças

Que são sussurradas pela intuição

Criamos mentes cristalizadas

Mui condicionadas

Emaranhadas na grande roda càrmica, tecida pelas próprias mãos

E não procurei quimeras

Urge-nos despertar para a nova era

Onde não seremos mentes apagadas, presas na ilusão

Contudo, devemos clarear a consciência

Não se identificar com as diversas "interferências"

Observar toda a nossa distorção

E assim, seremos terrenos férteis

Co-criando realidades em consonância com a realidade última

E coerência com o nosso coração

Em comunhão ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 17/11/2021
Reeditado em 28/01/2022
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