O vasto mausoléu humano
Em tempos célere
Regurgite
Expurgue os movimentos antivida, incutidos no teu ser
Não siga os fluxos, onerando sua alma
Vivendo como morto-vivo-fantasiado
Que entristecer
Quantas animosidades
Espectros desconhecidos
Uns se submetem para se "destacar"
Nesse mundo das aparências,
Da multiplicidade das formas
Paga-se um alto preço
Se desconsiderar os genuínos anseios que a alma anseia reverberar
São muitos cursos de ações inconscientes
Padrões reincidentes
Que a mente coletiva adoecida, estás a contaminar
E quem não ausculta a sua alma
Em algum momento
O corpo irá atrofiar, depois de tanto, tanto, se auto-sabotar
Míopes de si mesmo
Transitam nessa plataforma
De personas a personas
Como pedras de gelo, triste observar
Vivemos a epidemia do perecimento
O vasto mausoléu humano
Que matam suas almas por não desapegar
Das ancoras transitórias, diminutas honrarias terrenas
O ouro do tolo, que em dado momento
Estão fadados a acabar
Na arquitetura da alienação
Iremos trafegar
E nessa patológica ditadura de só ter, muitos hão de compactuar
Vendendo suas almas, sepultando suas vidas, até a data de validade de sua persona se expirar ...