O vasto mausoléu humano

Em tempos célere

Regurgite

Expurgue os movimentos antivida, incutidos no teu ser

Não siga os fluxos, onerando sua alma

Vivendo como morto-vivo-fantasiado

Que entristecer

Quantas animosidades

Espectros desconhecidos

Uns se submetem para se "destacar"

Nesse mundo das aparências,

Da multiplicidade das formas

Paga-se um alto preço

Se desconsiderar os genuínos anseios que a alma anseia reverberar

São muitos cursos de ações inconscientes

Padrões reincidentes

Que a mente coletiva adoecida, estás a contaminar

E quem não ausculta a sua alma

Em algum momento

O corpo irá atrofiar, depois de tanto, tanto, se auto-sabotar

Míopes de si mesmo

Transitam nessa plataforma

De personas a personas

Como pedras de gelo, triste observar

Vivemos a epidemia do perecimento

O vasto mausoléu humano

Que matam suas almas por não desapegar

Das ancoras transitórias, diminutas honrarias terrenas

O ouro do tolo, que em dado momento

Estão fadados a acabar

Na arquitetura da alienação

Iremos trafegar

E nessa patológica ditadura de só ter, muitos hão de compactuar

Vendendo suas almas, sepultando suas vidas, até a data de validade de sua persona se expirar ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 17/11/2021
Reeditado em 28/01/2022
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