MENINA DO INTERIOR
Menina vinda do interior
Que a saudade nos mostre
O que deixamos de entender
Quando estávamos juntos
Desenhando um futuro que não veio
Nenhum de nós é culpado
Deixamos uma fresta
Para que o silêncio entrasse
O amor virou excesso que trouxe
A maçã envenenada do paraíso
Só ficou a culpa
E a vontade de destruir o tédio
Preencher a paisagem de avessos
Passar a língua na tua pele crua
Do teu interior restou a praça
A igreja, o cinema, as tardes azuis
Que hoje eu ressuscito na memória
Nesse tempo de estio e fantasia