TU "ÁRVORE"
Caídos os "galhos secos", de ti,
E aparada as arestas do teu eu;
"Tapete vermelho" para as pisadas tuas,
Renovadas "folhas verdes" renascidas.
"Folhas secas" espalhadas pelo chão,
Relembram os tortos erros teus;
"Envenenadas" pelo "licor" da cegueira,
Secaram e, agora "varridas", sumirão.
Tronco podre, fruto vencido!
Raiz estragada o fogo espera.
A beleza não prospera
E a espera
É a chegada do fim.
Mas há uma vida ali escondida,
E por baixa da casca recequida,
Há uma morada de frutos bons.
E quando tudo isso brotar,
Tu serás uma "árvore frutífera"
E tua sombra, lugar de frescor
Para se curtir a beleza do amor.
Ênio Azevedo