Os bares da vida.
"Os bares da vida, as biroscas
Os restaurantes
São refúgios de amantes,
De poetas e de muito mais!
É a UTI de quem padece de amores
De quem já não recebe flores
Do tanto fez, tanto faz.
Recanto de amizades
De driblar a solidão
De solfejar a canção
Que relembra o amor perdido
Do coração partido
Da saudade do indigente,
Não se enxergas os diferentes
Como sendo desiguais.
Berço da democracia,
Onde todos são ouvidos
Onde os desiludidos reacendem esperanças
Os velhos viram crianças
Perseguem a eternidade
Pregam a justiça, a paz
Tentam consertar o mundo,
Lá ninguém é vagabundo
Se nada fez ou nada faz.
Não há distinção do importante,
Do fútil
Do necessário, do útil.
Tudo é primordial!
Mas sempre sobra pro dono
Ser fiel, ser consultor
Ser confidente, doutor
PHD em assuntos vários,
Sorrir em assuntos hilários,
Ficar triste na hora certa,
Cobrar a conta correta
O erro não é perdoado.
Tem que estar desocupado
Pra atender prontamente
Satisfazer o cliente!
Procedimento normal.
E, sem estar escrito em lei:
Todo cliente é rei
Nesse reinado irreal."
Esta poesia é de autoria de Celso Cruz. Poeta, repentista e PHD em botequim. Pratica o ofício em Natal. Isto não é um plágio. É uma homenagem ao amigo.