PERDAS E DANOS
Pequenos escritos passados,
falam melhor de mim do que gostaria.
Uma soma de todos os pulsos da vida,
hoje piedosos matadouros de sonhos.
O que me torna impossibilidade,
é um tanto de prosaicas responsabilidades.
Não há bandeiras nem muita fé,
apenas o que permite sobreviver nessa idade.
Fui daqui pra lá, pela inocência.
Não voltei pois a caminhada desgasta a memória.
Ainda tem poeira daquelas épocas mortas,
na irrelevância dos troféus dos tempos de glória.
Era o tempo da úlcera atacada quando te via.
Hoje tão ridículo, sem nome, sem estima.
Bastaram-me os tantos nadas adquiridos,
pra entender que esse passado da escrita,
não me pertence nem suas poucas alegrias.