NOITE SEPULCRAL
NOITE SEPULCRAL
Em noites de derrota,
O atraso do olhar,
Fecha-se à infância.
Há, na visão da morte,
Uma extensa sombra de paz,
Que envenena a febre.
O ouvir voa,
Por uma multidão de aço,
Que estabiliza a concepção.
Palpável, o leito,
Sente o sepulcro,
Dos que ainda vivem.
Sofia Meireles.