cidade
Prédios, edifícios,
marquises precipícios,
alcova de concreto
tripas indo para o ar
barulhos da tormenta
o nariz
há se entupir com ar.
Poluição, destruição,
assoreamento apelo
ao cemitério que muito cansa
que vinga o chão
não filtra,
só há concreto
pelo olfato e audição.
Estresse, tráfego,
tráfico de assalto
é apanhar aquele
de mãos atadas
e para o alto,
fila, engarrafamento,
pelos vícios
só outros caos
outros atos.
Metropoles, megalopoles,
cidade ao município
de crina (...sem tosa ) e martírio
corredores da própria morte
da própria vida
sem chances,
tomem folego
não se esgueirem no frio
não se matem nem morram,
os teus vícios
são grotesco e perfumados
na fadiga que arde,
teu caos é só teu
enfrentar-te cidade.
Welber JS