VEM...

 

Ah, se pudesses dizer que me querias,

mas ainda não sabias,

e pressinto tinhas medo

de expor os teus segredos

a olhares indiscretos.

 

Ó Senhor, Deus dos libertos,

liberta essa alma das dores

e dá-lhe braçadas de flores

para andar a céu aberto,

olhando as nuvens, o vento,

esquecida de que o momento

passa depressa, vai embora...

 

Vem pra mim, vem neste agora,

eu te abraço e refaço

os laços que devíamos ter:

ameniza este sofrer.

 

.  .  .

 

Se a tua filha merece,

Abençoa-me com amor,

Já que faço ao senhor,

Todo dia a minha prece...

(Jacó Filho)