O pedreiro e o passado
Sigo com meus pensamentos a rodar
Caminhando esfolando os pés no chão
Sandália velha no pé, boné na cabeça
Sacola de ferramenta na mão
Penso nos dias passados que eu era gente
Que meu bolso tinha pelo menos um tostão
Que pobre sonhava com carro, casa e comida
Não entristecia cada vez que olhava a televisão
Mas Hoje, pé de galinha vai ter na ceia
Fruta velha e estragada catada da feira
Sobras e resto de comida do lixo
Mas no café do auto aclamado mito
Vai ter leite condensado e picanha
E pros filhos uma salada de artimanhas