Mariposas

As mariposas invadiram os estômagos desavisados

E expulsaram as borboletas inertes

E agora, as cores dão lugar a um marrom sorridente

Imponente

Que lutem os desabrigados!

As mariposas, em seu anoitecer prepotente,

Fazem amor na melodia ácida e rara

Das entranhas de quem não sabe amar

E célebres sobrevoam a terra árida

E toda a sonoridade pálida,

De tudo aquilo que um dia já foi mar.