Elas nascem...
Tépalas nascem,
Onde morrem os ventos,
Crescem onde a dor,
Jurou não deixar sentimentos,
Tudo parece ser rosa,
Até o saliente espinho,
Ela vai despindo o caminho,
No dourado da ilusão da prosa,
Tépalas nascem,
Onde a razão busca conforto,
Antes do nascer de cada sol,
Na âncora firme de cada porto,
Ela vai escrevendo na brisa,
Até que a dor se ameniza,
Para que a saudade já não se enraíza,
E ao florir do dia tudo vira cinza,
A efémera emoção de um arco-íris,
Tépalas nascem,
Quando os silêncios deságuam nas íris,
Para que conheçamos a inspiração da alma,
E o coração possa sentir tal chama,
Muito antes da solidão apoderar-se do a(mar),
Tépalas nascem,
Antes de cada estação,
Onde eu possa rejuvenescer,
Em cada momento sem luar,
E na infinidade da escrita
Poder te encontrar (...)
(M&M)