AMOR DE TANOEIRO
Entre soluços lastimava
seus insatisfeitos desejos
Vivia embriagado
De um viver amargo
destilado nas agruras
De uma realidade não sonhada
Era inebriante aquele amor
e, por isso, viciante
Quanto mais degustava o seu fel
Em noites insones e solitárias
Mais seu coração, o néctar daquele amor ansiava
E, ele mais e mais, em seus devaneios, o degustava...
De frequentes doses, desse amor vivia
as dosagens desse amor, o consumia.
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