Calado Covarde Dissimulado

Calado!

Covarde!

Dissimulado!

Enquanto permanece em silêncio

Os famintos por pão e beleza

Os sedentos por água e poesia

Padecem sob o rigor de tua coragem de comer e d de beber sozinho com os teus iguais a ti !

Covarde!

Mesquinho!

Dissimulado!

O teu silêncio é comunhão austera com as bestas feras com roupagens que respingam ouro puro em pó cru como descaso a mulheres e homens

Do teu silêncio covarde,

nada fértil e mais puro

Estrume que adormece teus semens sem prumo

Sem rumo, sem leme, sem lume

Com as rédeas de tua neutralidade revestida

Com o furor de oprimir

Com as mãos dadas, atadas com os opressores de plantão

Do teu convívio Conluio,

Conchavo,

Contrato cego e torto na retidão

A quem tu serve como cúmplice!

Calado!

Covarde!

Mesquinho!

Verme dos vermes

Segue teu caminho que borbulha e arrota arrogância na permanencia hostil e fútil, fúnebre e feia

De tua omissão disfarçada, solapada

Por tua agonia volúvel e solúvel

Dos teus deuses-Bostas que destilam e cheiram cinismos, arrogâncias e pragmatismos foscos

Em delirantes cartazes de shows bufas, ocos bolorentos como nefastos repelentes de humanidades !

04112021 manhã

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 05/11/2021
Código do texto: T7379196
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.