A CURA
Róseo perfume exala n'alma
E o trauma dos "espinhos" nutrindo a dor,
"Amor sem fim" que descobre o fim.
E assim... só resta, o cheiro da flor.
Porém, mesmo num jardim de espinhos,
Saem dos seus ninhos, os colibris,
E espalham flores que findam em amores,
Encobrindo a dor.
E do meio dos "espinhos",
Surgem carinhos,
De um futuro amor.
Assim, o "sal" das lágrimas de ontem,
"Tempera" a "terra" árida d'esse sofrer,
Dando sabor ao dissabor
E arrancando o riso,
Do paraíso,
Do amor.
Ênio Azevedo