NINGUÉM TEM CULPA. Paralelo a um texto de Azsantos
NINGUÉM TEM CULPA
Escrevendo um poema, eu não espero
fazer falta a nenhuma companhia.
Quando eu sigo a intuição da Poesia,
não me estranha um amor que mais eu quero.
Bem assim, vou dançando o meu bolero
no salão de uma festa imaginada;
se não for com a pessoa mais amada,
o importante é que eu seja respeitoso
como um vate que tem musa e amoroso.
E, no fim, ninguém tem culpa de nada.
Valdir Loureiro
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Para ver o texto de Azsantos, "Estatuto do Poeta", clicar abaixo:
https://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/222698.
Versos acima: decassílabos ritmados (10 sílabas métricas) e rimas intercaladas (abba-accdd-c).