VIBRATOS DA MENTE
O "barulho" do silêncio, ensurdece,
Pois, o desligar de tudo é morte
E a mente é um "transporte",
Que paira sobre o tudo.
Enquanto os ouvidos moucos,
A mente ouve tudo aos poucos
E muito mais que aos tímpanos.
E até aos delírios loucos
E os sombrios "pântanos",
Dos pensamentos ocos;
Ouve-se, ao chorar os danos.
E quando tudo parece não ecoar,
Percebe-se que o silêncio
Te deixa absolutamente côncio
De que o barulho da mente
É mais alto que o próprio som
E brada em vibrato tom
Que só a mente é capaz de ouvir.
Ênio Azevedo