Terna, Ternura…
Terna, Ternura…
É, é sempre ela
Fada linda, aqui faz morada
Brinca de esconder
Límpida, banha-se em minhas lágrimas
Por vezes, de rir quase me mata
A vi surgir no meio da lama na estrada
No riso traquina de uma criança levada
No olhar de bondade de uma anciã
Ela se traveste, quando é pura poesia
Mostra-se nas flores, no sol que as irradia
Na beleza da manhã
No gorjeio dos pássaros, quando claridade faz folia
E na fuga do dia, quando a tarde enamorada
Morre de amor, mesmo estando sã
Desmonta-se no horizonte, na encosta assombreada
De onde a ternura surge, ante a noite estrelada…
A ternura não passa, agora mesmo, a mim sorri
Contemplava o tempo que passou
Lembrava o que vivi
Olho, sonhos que não se perderam
Pulsões a me elevar
A ternura, mostra-me tudo que amei
Juro! Consigo enxergar...
Visto-me de alegria e deixo sempre
Poesia ou ternura? Não importa
Deixo em mim, habitar...
Ema Machado