Preso às correntes do movimento!
A vida me suga de tal maneira,
à todo instante à me cobrar.
Não há um segundo sem a exigência,
Cobrando, para que produzindo possa sempre estar.
Tudo é movimento, tudo é constante.
A correria exige produção.
Não há descanso muito menos parada,
tudo é tão automático e sem reflexão.
As vezes duvido se realmente se sou eu,
se a vida realmente é por mim vivida.
A constância da cobrança, me tira a essência.
Quero ser eu, mas sou encarcerado pela minha existência.
Correr, produzir, criar...eis os verbos...
Tudo à minha volta me empurra como em fábrica.
Quando será que esse relógio parará?
Ou será que estou fadado à corrente do movimento até um dia tudo cessar?