O FUGITIVO
Adivinho em cada momento um desvio,
em cada afeto uma fuga,
para tudo aquilo que avessa a vida
e me escravisa a banalidade.
Ir além da linguagem,
libertar o corpo da razão e do humano,
é meu sublime objetivo.
Sou onde não faço sentido,
onde desisto,
e nada mais é possível.
Penso e não sei
se realmente existo.