UM CAMINHAR

Cambaleio errante tentando acertar...

Disparo "dardos" sem direção

E é o meu pobre coração

Que insiste em "desertar".

E caminhando sem destino

Vejo pelo caminho,

Nos jardins por onde passo,

Uma flor desabrochar.

Desvio o meu olhar

E sigo em frente

Confuso e descrente

E a chuva a me molhar.

Muitas curvas nesta "estrada"

Onde acertei a entrada,

Mas a saída, dista do meu olhar;

Então, insisto em passos lentos

N'esses relentos,

A caminhar.

Mas o legado deste feito

É um aprendizado infinito

De que o que há de mais bonito:

É que a vida é feita,

De um passo de cada vez.

Ênio Azevedo