SER de SAL
O verso adusto emergiu eloquente,
Numa torrente efusa de descarinho.
Ofegante, arremesso mais palavras
Num torpor incontido de abandono.
O suspiro adurente jugula desejos:
Confusos; obtusos; próprios; e néscios.
E um olhar calmamente piedoso
Flutua-me indefeso, a esmo e só.
A lagrima ardente, de doce pesar,
Irriga bramindo faustosa atitude.
Arrosto de dorida culpa confessa.
Sem pressa me expio e me vou.
Serei Ser de sal se para trás olhar.
Augúrio tardio. Debuxo de saudade.
Prazeres a fomentar. Punido por sentir.
Verso sombrio - vago - a atormentar.