Amantes
No esbelto corpo da noite,
Num sussurrar onde o silêncio convida,
E as ilusões dão-nos vidas,
Vibrações de amantes,
No afagar de nossas mãos,
Nossos olhos desvendando segredos,
O frio que resmunga do medo,
Pois, somos chamas em redundância,
Com malícias nos dedos,
Cada curva daquele dorso,
Nossos corpos no roço,
Ostentação do prazer,
Na fórmula extasiada do querer,
Lavanda nos banhando em suor,
Paixão desmedida, a todo vapor,
Senti-me em ti,
Tal como me sentiste dentro de ti,
Os gemidos impulsionavam prazeres,
Na cópula mistica dos luares,
Nas paredes cravamos os sons,
Que reverberavam as nossas almas,
Humedecendo a cama,
Na chuva da comunhão de nós,
Testemunhados por amassados lençóis,
Apenas nós os dois,
Entre ciclos de luares e sóis,
Dando razão a nossa voz,
Para que pudéssemos decifrar a saudade depois,
Antes do termino da hora,
Nas terminações do teus lábios bebi a loucura,
E de mim sorvetes a última gota (...)
(M&M)