AREIAS

AREIAS

No claustro leio Castro

Será que Alves tem algo de alvissareiro

Não creio!!!

Sonhos ao acaso conduzem-me ao ocaso

Espero azul forte e ele chega pálido

Há nuvens de amplos matizes

Desenhos desfazem-se ao vento

Águas alternam-se de garoas a tempestades

Agourentos não veem primaveras

Invernam-se em gélidas cabeças

Climas infernizam-se

Vidas esboroam-se

Em rochas pontiagudas

Limosas e escorregadias

Existências vão e vem

Ao sabor de ondas que espumam

Morrendo em areias sem fim

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/10/2021
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