AREIAS
AREIAS
No claustro leio Castro
Será que Alves tem algo de alvissareiro
Não creio!!!
Sonhos ao acaso conduzem-me ao ocaso
Espero azul forte e ele chega pálido
Há nuvens de amplos matizes
Desenhos desfazem-se ao vento
Águas alternam-se de garoas a tempestades
Agourentos não veem primaveras
Invernam-se em gélidas cabeças
Climas infernizam-se
Vidas esboroam-se
Em rochas pontiagudas
Limosas e escorregadias
Existências vão e vem
Ao sabor de ondas que espumam
Morrendo em areias sem fim