É ESTRANHO O QUE VIVO
Escrevi um poema estranho
Ainda no rascunho, este caos me deixa a deriva de mim
Deixo passar em branco
Risco sonhos que já tive
Viagens pra infinitos
Véus que se rasgam
Escrevo do caos que sou
Rabisco uma linha no espaço
Faço um encanto dos prantos
É estranha vida que vivo
Sou poeta
Uso roupas estranhas
Me desfaço pra refazer
Sigo sonhando, cantando, chorando
Sigo estranho aos olhos dos cegos de alma.